Fora de Casa

Roteiro de 20 dias para o Japão: dicas de quem já foi

20 dias no Japão: o que fazer?

Qualquer viagem precisa de planejamento, mas para o Japão ainda mais. Isso porque é uma viagem custosa, do outro lado do mundo e porque dá vontade de visitar os principais pontos de uma vez. Quem não é nômade digital ou viajante frequente pode não ter oportunidade de viajar tantas vezes para lá, por isso, é necessário aproveitar o máximo.

Japão não é perfeito, mas é um país incrível. Bonito, pessoas educadas, nada difícil de visitar em relação à língua, dá para se virar tranquilo, a sensação de segurança que tem lá, os sons peculiares (dos pássaros, das lojas de conveniências, dos sinais, do metrô)…

Eu fiz um roteiro de 20 dias (21 na verdade) para visitar os principais pontos de Japão de acordo com os meus interesses. Na viagem eu fiquei 7 dias em Tóquio, 7 dias em Quioto e 7 dias de novo em Tóquio. Quioto foi a minha cidade base para visitar outros lugares como Osaka, Nagoia e Nara.

Vou compartilhar o roteiro que fiz para ajudar a montar o seu! 🙂 Toda ajuda é bem vinda nessa hora. Eu fiquei meses planejando, pesquisando e é um processo prazeroso, mas ao mesmo tempo cansativo. Um atalho assim ajuda no processo!

Roteiro 20 dias Japão
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Roteiro Japão 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

SUGESTÃO DE ROTEIRO 20 DIAS PARA O JAPÃO

Depois de compartilhar meu roteiro, vou falar sobre o que deu certo e o que não deu! As mancadas que fazemos mesmo com todo planejamento kkkk. Acontece não tem jeito. O negócio é administrar a frustração e pensar que o lugar que você não conseguiu visitar vai ser uma novidade em uma próxima viagem.
Japão roteiro 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 1 – CHEGADA EM TÓQUIO – SHINJUKU

A viagem é bem cansativa (31 horas – entre vôos e conexões), então, reserve o dia para conhecer os arredores do hotel na chegada. O ideal é tentar se adaptar ao fuso, não dormir de dia, mas vai do cansaço de cada um. Baixei um app chamado Timeshifter para tentar me adaptar ao jet lag antes, fiz algumas coisas e outras não. Na ida o jet lag não me pegou muito, uns 2 dias e já estava tudo ok. O checkin era 15h, chegamos próximo a esse horário e depois fomos andar na rua. Compramos algumas coisas na famosa loja de conveniência Family Smart (chamada lá de kombini), entramos em algumas lojas de discos locais e jantamos em um restaurante.

O que deu errado?

Tentei colocar várias atividades nesse dia e simplesmente não dá. O ideal é passear sem compromisso, sem roteiro, até para descansar a mente de tantas horas de voo.

DIA 2 – TÓQUIO – SHINJUKU

Tomamos café próximo de uma praça perto do hotel com o que tínhamos comprado na Family Smart. Vale muito a pena comprar lá se você quiser economizar. Tem pães gostosos, eu recomendo um pão de melão delicioso (saudades!) e você pode comprar cafés quentes e gelados.

LOJAS DE SHINJUKU

Apple
Bic Camera
Daiso
Uniqlo

FOMOS CONHECER A ESTAÇÃO DE METRÔ
As estações tem várias lojas de comidinhas, de personagens de animes, roupas e muitos outros produtos. É uma atração a parte.

ALMOÇO

Torasoba – onde comemos tempura, guioza e takoyaki.

GODZILLA HEAD

Tentamos ir no Godzilla Head (o hotel onde fica a cabeça do Godzilla), mas estava fechado para visitação. Pelo que li algum turista tentou entrar em uma área de acesso proibido e fecharam a atração. Que tristeza.

 

GATO 3D

Depois fomos ver a esquina do gato 3D. Lá é um fervô só porque fica um monte de gente filmando e fotografando essa área, além de ter um fumôdromo bem perto. Lá é bem comum áreas só de fumantes.

O que deu errado?

Esse dia era reservado para ir em Harajuku, mas fiz o roteiro que tinha planejado para o primeiro dia.

Japão roteiro 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Japão roteiro 20 dias - Akihabara
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Japão roteiro 20 dias - Shibuya Sky
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 3 – TÓQUIO – AKIHABARA e SHIBUYA

A partir desse dia conseguimos seguir o roteiro um pouco melhor. O dia era reservado para ir em Akihabara e depois em Shibuya, pois compramos o ingresso do Shibuya Sky.

[DICA: Compre o ingresso do Shibuya Sky com antecedência para ver o pôr do sol, se o dia estiver bom o céu ficará lindíssimo – você pode ver de dia, no pôr do sol e à noite – tudo junto…vale a pena! é o horário mais concorrido.]

 1. AKIHABARA

É bem legal andar aos domingos no bairro, já que a rua é fechada para carros. Vá de metrô e desça na Akihabara Station.

LOCAIS PARA VISITAR

– General Store Railyard (loja de produtos do metrô);
– Super Potato (loja videogame retrô);
– GIGO Akihabara (loja de máquinas de bichinho);
– BookOff (produtos de segunda mão e produtos mais baratos);
– Bic Camera;
Yodobashi Camera;
– Retrô Game Camera.

ALMOÇO
McDonalds

 2. SHIBUYA

Você pode entrar na fila uns minutos antes. Quando chega lá, não pode entrar com bolsa e mochila, você deixa em um armário no último andar. Separe uma moeda de 100 yenes para colocar no armário (no final ele devolve).

Lá em cima ainda existe um bar chamado The Roof Shibuya Sky e você pode comprar uma bebida e ir para uma área reservada. 

Há também um canto especial para tirar foto, que você também paga. O mínimo é 5.500 ienes por pessoa para sentar 50 minutos nos sofás. 

Mas se você quer ter acesso a essa vista, pode comprar bebidas separadas e ficar nas mesinhas altas sem cadeiras. 

No mesmo andar, fora do terraço, há uma exposição bem legal na SKY GALLERY, corredor dos balões brilhantes (Sparkling Baloon Corridor). É de graça.  

DIA 4 – TÓQUIO – SHINJUKU

Exploramos mais as ruas de Shinjuku, a parte dos bares Golden Gai. Dizem que lá é um local perigoso, mas não senti nada nesse sentido. (Eu também moro no Rio de Janeiro, sou sempre alerta, apesar de morar em um local bem mais tranquilo que é Niterói). São bares pequenos, então, o ideal é chegar cedo para sentar neles.

Fomos pela primeira vez em um sushi de esteira também, chamado KURA. Achei divertidíssimo! Gastamos R$ 172,51 (4.450 ienes), que é o preço de comida japonesa mesmo até no Brasil – até mais caro inclusive.

O que deu errado?

Esse dia era reservado para ir no Centro de Tóquio, para explorar Tsukiji market, Relógio do NTV (elaborado pelo Hayao Miyazaki) e outras coisas próximas – não conseguimos ir e deixamos para lá. Mas é uma área bem interessante, vale a pena colocar no roteiro!

Japão roteiro 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Japão roteiro 20 dias - Akihabara
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Japão roteiro 20 dias - Shibuya Sky
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 5 – MONTE FUJI

Dia de ver o Monte Fuji. Eu indico fortemente esse site antes de ir. Eu cometi um erro na hora de ver, pq existe o lado SUL e o lado NORTE de visibilidade. O parque Arakuyama Park fica no NORTE do Monte Fuji e a visibilidade estava ruim nesse dia e eu vi que no SUL estava boa kkkkk Então, eu fui para o lugar errado ver. Só me toquei depois. Não sei se no SUL estava bom para ver pq ele estava bem encoberto.

O que eu fiz foi aproveitar para conhecer os arredores, mas fui mt tarde. Cheguei lá 14h da tarde, o que eu não recomendo! Ainda mais no Outono, o lugar é frio pra caramba e à noite a cidade fica super escura. A estação fica lotadíssima de gente tentando se esquentar dentro dela. Se você for comprar comida nos kombinis, não pode comer lá dentro, tem que ficar no frio comendo. Um horror! Não vale a pena.

Sempre, sempre, tente pegar tanto no norte quanto no sul uma numeração acima de 8. Porque são grandes as chances de você ver o Monte Fuji. O que eu fiz foi tentar mais para frente, depois de voltar de Quioto. O que deu certo! Vocês vão ver mais à frente.

Ir no Japão e não visitar o Monte Fuji é o mesmo que ir à Roma e não visitar o Papa kkkkk (eu não sei se visitaria o papa se eu estivesse em Roma, mas é essa a ideia popular)

Foto: Print do site https://fuji-san.info/en/

COMO IR AO MONTE FUJI

Existem diversas formas de ir – seja de excursão, seja de trem bala – mas eu escolhi ir no ônibus. É bem prático, chega lá em 1h45. Como estava em Shinjuku, comprei na própria estação principal de lá. Fui uns dias antes, não recomendo comprar na hora. Vai no local onde vendem as passagem do Highway bus – fica no 4 andar da Estação – na saída sul.

Comprei o que vai para Fuji-Q Highlands&Fuji Five Lakes (Plataforma B5).

Chegando no Monte Fuji, você pode descer onde fica o Arakurayama Sengen Park (15 minutos andando) – a parada é Shimoyoshida (Chuodo Shimo Yoshida) OU descer na Estação de Kawaguchiko (parada final).

Se descer no Arakurayama Sengen Park, depois é só você ir para a Estação de Shimoyoshida (13 minutos à pé) para ir para a Estação de Kawaguchiko.

OBS: Tem um ônibus para ir à diversos pontos, o Sightseeing. Dava cerca de 128,00 reais para duas pessoas. Mas foi impossível de pegarm tinham filas enormes! É uma boa, mas só se não tiver uma fila homérica. A Linha vermelha passa de 15 em 15 minutos. Alguns pontos interessantes para ir: Mt Fuji Panorama Ropeway, Kawaguchiko Konohana Museum (perto do Corredor Momiki do Lago Kawaguchi) e Kawaguchiko Natural Living Center (perto do Parque Oishi).

DEPOIS DE QUIOTO NÓS VOLTAMOS E CONSEGUIMOS VER O MONTE FUJI! MAIS PARA FRENTE NESSA MATÉRIA

DIA 6 – TÓQUIO – MACHIDA

Ao pesquisarmos sobre o Japão, ficamos curiosos para conhecer um outlet de lá. Escolhemos o mais viável para a gente, que tinha um museu com a exposição do Snoopy! Então fomos no Grandberry Park Minami-machida. Era um dia que estava chovendo também, então foi uma ótima pedida ficar em um local semi-fechado – o local era aberto, mas tinha marquise rs.

Sobre roupas baratíssimas, pelo menos quando nós fomos não existiam. O bom, talvez, seja comprar roupas com design diferente. Pelo menos aqui perto, em Niterói em SG, eu não vejo blusas com design diferentes da Adidas e da Nike, mas lá a gente viu bastante. Se você quer investir em algo diferente, vale a pena, mas o preço é caro como aqui.

O ponto alto mesmo foi a exposição do Snoopy. É muito legal, tem um vídeo interativo que mexe com sombras, além dos quadrinhos nas paredes falando de cada personagem. Quem é fã vai amar. Pelo que entendi é um museu permanente do personagem de Charles M. Schulz. Pode ver mais sobre os ingressos aqui.

O que deu errado?

Eu tinha reservado a parte da tarde em Asakusa. Mas chovendo, desistimos. Não vale a pena também pela distância.

Japão roteiro 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Japão roteiro 20 dias - Akihabara
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Japão roteiro 20 dias - Shibuya Sky
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 7 – TÓQUIO – ODAIBA

Odaíba é uma ilha artificial em Tóquio. É um local que tem shoppings, restaurantes, atrações como a Legoland, Museu de Cera Madame Tussauds, roda gigante, entre outras coisas.

Lá fica o teamLab Planets, que foi a atração que fomos. É um museu interativo digital que mexe com as diversas sensações do seu corpo. Você entra em salas diversas com água nos pés, com luzes, cores, formas, diversas artes diferentes e contemporâneas. Tem que entrar descalço – já tenha isso em mente antes de ir. Além disso, vá com uma roupa que você possa subir até perto do joelho, pq tem uma sala que você entra na água nesse nível rs. Uma experiência diferente, vale a pena!

Estava chovendo/tempo ruim e fomos direto para o shopping andando mesmo – Diver City Tokyo. Almoçamos um Ramen delicioso. Álias, todos os ramens que comemos no Japão são impecáveis. Saudade! O valor foi 2.230 ienes – 86,76 reais para duas pessoas (no ano de 2025). O nome do restaurante era Kyurin.

Eu fiquei maluca nesse shopping, porque tinha lojas e lojas de Anime. Comprei alguns bonecos do pokemon, lindos, pequenos por 100 iene. Além de ir pela primeira vez na POP MART, que é uma loja gringa que tem blind boxes (aquelas caixas que você compra e não sabe qual boneco vai vir). Tinha uma do Beetlejuice, que comprei três só dessas! (ainda bem que vieram três personagens diferentes kkkkkk) Vale muito a pena porque no Brasil é caríssimo! Lá era razoável o preço.

A cereja do bolo? Tem um showzinho do Gundam ainda lá. Não é aquele cheio de firulas, mas um mais simples, mas muito legal. Do nada começa a tocar a música do Anime e o boneco abre algumas coisas e solta algumas luzes. kkkk Para mim foi ótimo, porque eu já não esperava nada mesmo. Só de ver aquele robô gigante, mesmo parado, é incrível. Se você gosta de Anime como eu, cresceu vendo isso, você vai entender.

Tinha um parque, que eu vi no Google Maps chamado Passeio Oeste, na frente do Gundam, que um grupão de japoneses estava plantando árvores (acho que era, fiquei com vergonha de perguntar). Coisa mais linda. Eles cuidam muito dos espaços públicos…tem um respeito. É um choque (bom) cultural.

O que deu errado?

A chuva (e as lojinhas do shopping que me deixaram louca) fizeram com que eu não fosse em Shin-toyosu Sakura Park, Toyosu Gururi Park, Small worlds miniature museum, Roda Gigante Palette Town, Symbol Promenade Park, Sala esférica de observação “Hachitama”.

DIA 8 – QUIOTO – IDA

Dia de pegar o trem bala para Quioto! Fomos da Estação de Shinjuku para a Estação de Tóquio. O trem Nozomi é o mais rápido, vale a pena ir nele. Compramos com dois dias de antecedência na Estação de Shinjuku. Tentei comprar nas máquinas perto da entrada para o trem bala, mas nesse local só dava para comprar bilhete do dia. Você tem que andar alguns metros para ir em um espaço da JR para comprar para outros dias. Se você sentar do lado direito do trem bala dá para ver o Monte Fuji. Veja abaixo como é a entrada desse espaço:

Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

Ao chegar em Quioto

Pensei que dava para dar uma passeada em algum ponto turístico (doce ilusão kkkk). Fomos para o hotel deixar as malas – Sanco Inn Quioto Hachijoguchi (ótimo por sinal, na frente da Estação de Quioto). Depois caminhamos para conhecer os arredores, passeamos pela estação, fomos jantar e comprar algumas coisinhas no kombini – água e comidinhas para sobremesa e café da manhã.

O que deu errado?

Apesar de ser 6 min da Estação de Quioto, não ia dar para ir no Fushimi Inari-taisha, já que anoitece cedo no Japão no Outono – por volta de 16h40. Isso porque à noite no Fushimi Inari-taisha tem animais selvagens vagando, como javalis. Não sei se é uma boa ideia dar de cara com eles por ali.

Japão roteiro 20 dias - Akihabara
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 9 – QUIOTO – KIYOMIZU-DERA

Fomos no templo Kiyomizu-dera pegando o ônibus 206 City vermelho – via Kiyomizu-dera Temple, Gion and Hyakumanben – o ponto fica na estação de Quioto. Descemos no ponto Kiyomizumichi para ir na loja de aluguel de quimono 🙂

A escolhida foi Rental Kimono Okamoto Kiyomizudera Shop. O aluguel gira em torno de 3.980 ienes, sendo que fiz alguns extras como cabelo – 500 ienes e aluguel de sombrinha – 1000 ienes. É uma loja que tem ótimas opções de quimonos e as pessoas são muito cordiais. Foi uma ótima experiência. Só uma dica: se for andar muito, mantenha seu tênis em vez do combo de sandália + meia tradicional, porque vc ficará mais confortável. Como a roupa é apertada, o ideal é ir no banheiro antes de vestir (é o que as moças da loja recomendam). Eu entrei no templo, andei pelos arredores até o topo, tirei fotos nesse local e depois voltei na loja para trocar de roupa…fiquei 3 horas com o quimono.

Para entrar no templo Kiyomizu-dera você paga 500 ienes. É um dos mais famosos e visitados do país. Fundado em 778, antes mesmo da cidade de Quioto se tornar a capital imperial, o templo é dedicado à deusa kannon, conhecida por sua compaixão. Seu nome significa “templo da água pura”, em referência à cachoeira otowa, cujas águas são consideradas sagradas e curativas.

A estrutura mais icônica do kiyomizudera é seu enorme salão principal, construído em madeira, sustentado por pilares de 13 metros de altura, sem o uso de pregos. Além de sua importância religiosa, o templo oferece uma vista espetacular da cidade de Quioto. O templo Kiyomizu-dera também foi incluído na lista de patrimônios mundiais da Unesco em 1994.

Japão roteiro 20 dias - Akihabara
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Japão roteiro 20 dias - Akihabara
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

O que deu errado?

Não conseguimos ir em alguns lugares como Yasaka Kōshin-dō Temple (conhecido pelas vibrantes bolas de tecido colorido chamadas kukurizaru, que representam desejos e autocontrole), Kodaiji Temple (conhecido por sua arquitetura refinada e jardins paisagísticos) e a Pagoda de cinco andares Hokanji.

DIA 10 – QUIOTO

O dia foi reservado para ir na famosa floresta de bambus – Arashiyama Bamboo Forest. Saimos da estação de Quioto na linha roxa San-In Line (Local Sonobe) para Saga-Arashiyama Station. São 13 minutos à pé. Chegamos por volta das 11 horas, então, já estava bem cheio. Foi interessante ver a floresta, que possui uma beleza silenciosa e contida. Dizem que o melhor é a experiência de caminhar, respirar e apenas estar. Mas com tantos turistas, essa sensação de paz se perde um pouco. Dizem que, o quanto mais cedo você for, melhor!

Depois, nosso destino era o Otagi nenbutsu ji temple – por volta de 30 minutos andando – um santuário budista localizado nas colinas de Arashiyama. É famoso por suas 1.200 estátuas de pedra chamadas rakan, que representam os discípulos de Buda. Cada uma possui uma expressão única, variando de risos a contemplação, e algumas seguram objetos modernos como câmeras ou instrumentos musicais, refletindo a individualidade de seus criadores. As ruazinhas até chegar lá são uma graça e você pode ir também em alguns templos no caminho, como o Jôjakkô-ji (conhecido como o “templo sem paredes”, o Jōjakkō-ji destaca-se por sua integração harmoniosa com a natureza).

O que deu errado?

Tínhamos separado o dia também para ir no Templo do Pavilhão Dourado, mas ficou muito tarde. Além disso, vimos que a graça do lugar era apenas o lado de fora. Então, nós deixamos para uma próxima. Deixamos para trás tmb o Jardim Nacional Kyoto Gyoen e o Museu do Mangá Internacional de Quioto. Nesse último você pode ser desenhado por um artista com cara de anime…é bem legal…cada artista tem seu preço e horário. No site você pode verificar 🙂

Roteiro de 20 dias Japão - Floresta de Bambu
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Japão 20 dias roteiro
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Japão 20 dias roteiro
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Ghibli Park - Roteiro 20 dias Japão
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Ghibli Park Japão
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 11 – NAGOIA

O dia foi reservado para ir no Ghibli Park. Foi uma verdadeira maratona para conseguir os ingressos, como eu expliquei aqui, mas deu certo e conseguimos! Pegamos o trem bala NOZOMI às 09h13. Compramos na hora mesmo e foi tranquilo. São 34 minutos de Quioto até Nagoia. Descemos na estação e depois você pega a linha Higashiyama Line amarelo (Local Fujigaoka) e desce na estação Fujigaoka – são 26 minutos de trajeto. Depois pegamos a Linimo Line azul (Local Yakusa) – 13 minutos e descemos na Ai-Chikyuhaku-Kinen-Koen Station. Tudo isso você pode confirmar também pelo Google Maps, é bem tranquilo! É sempre bom ter chip de internet no celular.

O Ghibli Park é um sonho! Eu fiquei na dúvida se ia na Disney ou na Universal, mas acabei escolhendo o Ghibli porque só tem no Japão. Prioridades, nem sempre dá para fazer tudo. Se você quer um parque com muitos brinquedos para se divertir, definitivamente esse não é o parque. Ele é mais uma exposição dos cenários dos filmes. Claro que tem alguns brinquedos, como um carrossel antigo lindo – é decorado com veículos, animais, personagens e outras imagens de filmes do Studio Ghibli, como O Serviço de Entregas da Kiki, O Castelo Animado, Princesa Mononoke. No teto, há um enfeite de Howl e Sophie, de O Castelo Animado. O outro chamado de Máquina Voadora – é inspirado no O Castelo no Céu. Você pedala e o assento sobe. Deixa de pedalar, ele desce…é bem divertido rs.

Um dos pontos altos foi entrar dentro do castelo da animação “O Castelo Animado”. É uma estrutura animada, que sai fumaça e faz uns barulhos de tempo em tempo…ele é enorme! Não pode tirar fotos desses cenários, infelizmente. Mas é tudo bem detalhado, lindíssimo! Vale a pena revisitar os filmes antes de ir. Há vários cenários em que você tira foto com os personagens dos filmes…isso é legal também. Além disso, o parque conta a história do Studio Ghibli. Há um cinema que você pode ver um filme exclusivo do parque…é em japonês, mas dá para entender a animação mesmo assim.

O que deu errado?

É bom planejar o dia ou chegar mais cedo rs Porque nós não conseguimos ir na área do Totoro, ficou tarde demais. Fora isso, íamos passear em Nagoia, mas não foi possível. É interessante voltar outro dia para visitar o Castelo de Nagoia, por exemplo. Para ver o parque direitinho, praticamente leva um dia inteiro. Então nós acabamos focando nele mesmo.

Ghibli Park Nagoia - Roteiro 20 dias Japão
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 12 – OSAKA

Pegamos o trem-bala da linha Tokaido-Sanyo em direção à estação de Osaka, em um trajeto de cerca de 28 minutos. Nossa ideia inicial era visitar o Templo Katsuoji (Daruma), mas ao chegarmos ao ponto de ônibus percebemos que o transporte passava apenas a cada duas horas. Isso comprometeria toda a nossa programação. Por isso, decidimos seguir para o Castelo de Osaka. Ele foi construído originalmente no século XVI por Toyotomi Hideyoshi, um dos grandes unificadores do país, teve papel central em importantes batalhas da história japonesa.

O castelo atual é uma reconstrução do século XX, mas preserva a imponência das muralhas, fossos e torres originais. Dentro dele há um museu moderno que conta a história do Japão feudal e do próprio castelo. Seus jardins e a vista panorâmica do topo atraem milhares de visitantes todos os anos, especialmente durante a floração das cerejeiras.

Depois fomos na área mais comercial da cidade, para ver o Dontobori (homem corredor). Estava chovendo bastante e ficamos passeando pelas galerias e lojas nos arredores. O local é moderno, cheio de telões e propagandas…parece a Times Square do Japão… kkkk Me senti no filme Blade Runner.

O que deu errado?

Não conseguimos ir no Templo Katsuoji (Daruma), porque o ônibus era de 2 em 2 horas (faltou planejamento e informação). Esse doeu no coração, porque parecia ser um templo bem legal, mas ele é distante de tudo também. A chuva acabou desanimando a nossa locomoção, por isso, não conseguimos visitar alguns locais como Namba Yasaka Jinja, Tsutenkaku, Shitenno-ji, Abeno Harukas (pôr do sol)…que nos programamos para ir só andando rs. Além disso, havíamos comprado o ingresso do Teamlab Botanical Garden Osaka, mas como era ao ar livre, a atração foi fechada. Nesse caso recebemos reembolso do nosso ingresso na plataforma que compramos.

Castelo da Osaka - Japão - Roteiro 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Nara Japão - Roteiro de 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 13 – NARA

A viagem de Quioto até Nara é de aproximadamente 1 hora. Depois de chegar na estação, você caminha uns 20 minutos até o Nara Park, o famoso parque onde os cervos caminham livremente. Lá dentro você compra os biscoitos com os comerciantes locais. Os animais já estão tão condicionados aos biscoitos que já querem pegar da sua mão ou do seu bolso. Ao fazer uma reverência com a cabeça, eles imitam o movimento, depois você dá a recompensa. Alguns podem ficar tão irritados que chifram as pessoas rs Por isso é importante ficar atento.

Provamos também o mochi de matchá, tem uma lojinha indo para o Nara Park, com uma demonstração de como o doce é feito, bem interessante. Depois fomos em direção ao Templo Todai-ji. Esse é um dos templos budistas mais importantes do Japão e patrimônio mundial da UNESCO. Construído no século VIII, foi idealizado pelo imperador Shōmu como símbolo da unificação espiritual do país.

Sua principal atração é o Daibutsuden, o Grande Salão do Buda, considerado a maior construção em madeira do mundo. Dentro dele está a colossal estátua de bronze do Buda Vairocana (Daibutsu), com mais de 15 metros de altura. Os cervos também circulam livrementenos arredores do templo e são considerados mensageiros dos deuses.

No final do dia, quando voltamos para Quioto, fomos no Aeon Mall, onde fica uma loja enorme do Gundam Base.

O que deu errado?

Não deu tempo de ir no Nigatsu-do, dizem que o pôr do sol lá é bonito. E em alguns museus locais como Naramachi Karakuri Toy Museum e Nara Craft Museum.

DIA 14 – QUIOTO e OSAKA

Tiramos o dia para ir no Fushimi Inari-taisha, o principal santuário dedicado a Inari, divindade xintoísta associada ao arroz, à prosperidade e aos negócios. Fundado no século VIII, é um dos locais religiosos mais visitados do Japão. Seu destaque são os milhares de portões vermelhos (torii) que formam túneis ao longo da trilha que leva ao Monte Inari. Cada torii foi doado por pessoas ou empresas em agradecimento por bênçãos recebidas. Além da beleza única, o local transmite uma atmosfera espiritual e é símbolo da ligação entre tradição e devoção no Japão.

Percorrer todo o trajeto de torii do Fushimi Inari-taisha, que sobe o Monte Inari, leva em média de 2 a 3 horas em ritmo tranquilo, incluindo paradas para fotos e contemplação. O percurso completo tem cerca de 4 km, com alguns trechos mais íngremes.

No entanto, muitos visitantes optam por caminhar apenas até os pontos intermediários, como o Yotsutsuji Intersection, que já oferece uma bela vista de Quioto, o que reduz o passeio para cerca de 40 a 60 minutos.

Depois nós aproveitamos a parte da tarde para voltar em Osaka, quando o tempo estava mais convidativo., sem chuva. Lá, almoçamos no Kamukura, um dos rámen mais gostosos que comemos em toda a viagem. Comfort food total, principalmente no frio. Vale a pena parar e comer lá. Dois pratos de rámen bem grandes + arroz com frango frito (tamanho médio) foi 4.100 ienes.

Fomos no Namba Yasaka Jinja, um santuário xintoísta localizado em Osaka, conhecido principalmente por sua impressionante estrutura em forma de cabeça de leão gigante, com cerca de 12 metros de altura e 11 metros de largura. Essa construção simbólica representa a proteção contra espíritos malignos e a atração de boa sorte, especialmente nos estudos e nos negócios. Depois andamos pelas ruas de Osaka, perto do homem corredor novamente. Se você gosta da hamburgueria americana Shake Shack, saiba que tem uma filial deles lá para matar a saudade.

Na volta para Quioto, visitamos a famosa torre de Quioto, que é o edifício mais alto da cidade, com 131 metros de altura, localizada bem em frente à estação de Quioto. Inaugurada em 1964, oferece um mirante panorâmico a 100 metros de altura, de onde é possível observar templos, santuários e até as montanhas ao redor.

Fushimi Inari taisha - Roteiro 20 dias Japão
Torre de Quioto - Roteiro de 20 dias no Japão
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Ramen no Japão - Roteiro 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Ramba Yasaka Jinja no Japão - Roteiro 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 15 – VOLTA PARA TÓQUIO

Foi o dia de retornar à Tóquio. Trocamos de hotel – saímos de Shinjuku para Shibuya – no Shibuya Tobu Hotel. Apesar de ser mais barato e na muvuca, não recomendo. O quarto era mais velho e quando chegamos, o banheiro estava sujo. Pedimos para lavar, mas não lavaram direito. Acabamos comprando alguns produtos na Daiso e lavamos nós mesmos.

Na parte da tarde fomos em Shimokitazawa, um bairro de Tóquio que oferece ruas estreitas repletas de cafés, bares, brechós, sebos e pequenas casas de shows. É considerado um reduto da cena boêmia e cultural de Tóquio, muito procurado por quem gosta de moda vintage, música independente e teatros alternativos.

Vá se você gosta de brechós e lojas de bonecos vintage. Alguns lugares interessantes são: Swing Toys, a padaria/doceria Nukumuku, loja de roupas rock/punk Killers e o brechó Dylan´s, que tem a fachada parecida com um letreiro de cinema.

Brechós no Japão - Roteiro de 20 Dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Shimokitazawa - Tóquio - Roteiro 20 dias Japão
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Monte Fuji Japão - Roteiro 20 dias
Monte Fuji Japão
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 16 – MONTE FUJI

Voltamos para a região do Monte Fuji e o dia estava belíssimo, com sol e sem nuvens para encobrir a montanha. Foi uma decisão acertada. Agora conseguimos desfrutar a visão estonteante do Monte Fuji. Em vez de descer no Arakurayama Sengen Park, resolvemos ir direto para o ponto da estação de Kawaguchiko. Andamos nas ruazinhas do local e cada ponto que nós víamos o Monte Fuji era incrível.

Íamos pegar o ônibus que leva a diferentes pontos da região dos Cinco Lagos do Monte Fuji. Porém, a fila estava enorme e pelo jeito ia demorar muito para fazer o trajeto. Desistimos e fomos andando até o Monte Fuji Panoramic Ropeway, um teleférico localizado em Kawaguchiko. Ele leva os visitantes até o topo do Monte Tenjo em cerca de 3 minutos, oferecendo uma vista privilegiada do lago Kawaguchi e do próprio Monte Fuji. Mas a fila também estava enorme, com estimativa de 1 hora ou mais de espera.

Decidimos então comer uma torta de maça e tomar um café na lojinha próxima, chamada de APPLE PIE lab para pensarmos o que íamos fazer. Decidimos não perder tempo, pegamos um táxi e fomos para o Oishi Park. Você pode alugar uma bicicleta para andar ao redor da ilha, o que é bastante recomendável. O táxi é caro e as bikes estavam escassas. Por isso não fomos com esse veículo, mas vale a pena.

O Oishi Park tem uma visão belíssima do Monte Fuji, além de ter uma sorveteria bem gostosa lá perto. Depois voltamos andando ao redor do lago Kawaguchi até a estação novamente. O caminho dá por volta de 1h16 min, de acordo com o Google Maps. Nós fomos parando e tirando fotos, então, não sei precisamente o tempo que levamos.

Na volta à Quioto, jantamos no restaurante de Yakitori Torimichisakaba. Nós adoramos, um bar bem raiz, com petiscos e chopps deliciosos! Ambiente ótimo também.

O que deu errado?

Íamos ao Museu ao ar livre de Hakone, mas decidimos voltar ao Monte Fuji. No Monte Fuji, achamos que não valia a pena pegar o ônibus panorâmico pela perda de tempo e não fomos no teleférico por causa da fila enorme (decidimos ir direto ao Oishi Park). Acabamos pegando um táxi que foi caro…acho que foi 4 mil ienes (vale mais a pena alugar uma bike). Chegar mais cedo é a melhor forma de conseguir fazer tudo com mais tranquilidade. Não fomos mais cedo porque não conseguimos comprar o ônibus mais cedo.

DIA 17 – NERIMA – TÓQUIO

Fomos ao bairro de Nerima no Japão, para comemorar o meu aniversário. Comprei ingressos para o Warner Bros. Studio Tour Tokyo: The Making of Harry Potter. Se eu me arrependi? Nem um pouco.

Sou fã de Harry Potter e de cinema, então, fiquei encantada com a estrutura que a Warner Bros criou com os cenários, figurinos, curiosidades do filme.

Se você é fã, vale muito a pena. Confesso que, mesmo eu, que não sou uma fã fervorosa (as pessoas se vestem e tudo com as roupas do filme na tour), fiquei super emocionada com toda a atmosfera do filme criada naquele espaço. Tudo muito lindo e inspirado. Ficamos até o meio da tarde lá, por volta de 15h. Entramos 10h30 da manhã.

Depois de noite passeamos pela loja de música Tower Records. A unidade de Shibuya em Tóquio possui 7 andares. Cada andar é dedicado a diferentes gêneros musicais e produtos relacionados, como CDs, vinis, DVDs, merchandise de artistas, livros e artigos de cultura pop.

Bem legal, vale muito a visita.

O que deu errado?

Reservamos a parte da tarde para ir no bairro de Nakamo, mas não deu tempo. Alguns locais interessantes para visitar no bairro são:
Nakamo Sun Mall, Coffee Zingaro, Nakamo Broadway e Nakamo Central Park.

Warner Bros. Studio Tour Tokyo: The Making of Harry
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Warner Bros. Studio Tour Tokyo: The Making of Harry
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Warner Bros. Studio Tour Tokyo: The Making of Harry
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Japão 20 dias roteiro - Akihabara
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 18 – AKIHABARA

Acabamos nesse dia decidindo voltar à Akihabara para comprar algumas coisas e visitar novamente lojas. Comprei alguns bonecos de manga e um videogame portátil chamado Steam Deck, que um amigo tinha recomendado e disse que o preço estava bom.

Algumas lojas interessantes de visitar por lá:

• Super Potato
Loja icônica de Tóquio dedicada a videogames retrô e clássicos. Oferece consoles antigos, cartuchos raros, action figures e memorabilia de jogos, atraindo tanto colecionadores quanto fãs de nostalgia gamer.

• Bic Camera
É uma das maiores redes de eletrônicos do Japão, com lojas que vendem de tudo: câmeras, celulares, computadores, videogames, eletrodomésticos e até produtos de beleza e saúde.

• Mandarake
É uma das maiores redes de lojas de cultura pop e colecionáveis do Japão, famosa por produtos de anime, mangá, action figures, jogos, doujinshi e itens raros de colecionador.

O que deu errado?

Íamos na Koganei City, visitar Edo-Tokyo Open Air Architectural Museum, um museu de construções antigas japonesas e que inspirou o Studio Ghibli na criação de vários cenários da animação. Mas decidimos voltar a Akihabara, pois havia atividades pendentes.

DIA 19 – ASAKUSA E UENO – TÓQUIO

Reservamos o dia para ir no Templo Senso Ji, em Asakusa. É o templo budista mais antigo da cidade, fundado no século VII. Dedicado à deusa Kannon, é um dos locais religiosos mais visitados do Japão, misturando espiritualidade e tradição com forte presença turística.

A entrada é marcada pelo famoso portão Kaminarimon, com sua imensa lanterna vermelha, que leva à Nakamise-dori, uma rua repleta de lojinhas típicas. O complexo conta ainda com pagodes, jardins e espaços para rituais. É um ponto onde história, cultura e devoção se encontram em plena metrópole.

Depois fomos à pé na Sumida River Walk, uma passarela moderna para pedestres que conecta a região de Asakusa ao complexo Tokyo Skytree Town, atravessando o rio Sumida. Inaugurado em 2020, o trajeto é curto (cerca de 160 metros), mas oferece uma vista privilegiada do rio, da própria Tokyo Skytree e dos trens que passam pela ponte vizinha. Próximo há o Tokyo Mizumachi, uma área repleta de cafés, restaurantes e lojas instalados sob os trilhos da linha Tobu.

Depois do passeio, almoçamos no The Juicy Dumpling Manufactory. Pedimos um combo com guiozas e acompanhamentos bem japoneses como arroz com ovo de gema mole, salada de macarrão de arroz, sopa de missô…

Por fim, visitamos o Museu Nacional de Tokyo para ver a exposição da Hello Kitty. Fica no parque Ueno e é bem bonito, tanto o parque quanto o museu. Tire um tempinho para visitar as áreas externas, tendo contato com a natureza.

Jantamos no famoso Ichiran, de ramen, já de volta para Shibuya. É uma rede japonesa de restaurantes especializada em tonkotsu ramen, um macarrão servido em caldo cremoso de porco típico de Fukuoka. Possui uma forma única de atendimento: cada cliente se senta em cabines individuais, garantindo privacidade para apreciar a refeição.

O sistema de pedidos é feito por fichas preenchidas de acordo com a preferência do cliente (intensidade do caldo, nível de picância, textura do macarrão etc.), resultando em uma experiência personalizada. Por isso, o Ichiran é muito procurado por turistas e locais que querem saborear um dos ramens mais icônicos do Japão.

O que deu errado?

De manhã íamos ao Gotokuji, um templo budista localizado em Setagaya, Tóquio, conhecido como o famoso “Templo dos Gatos”. Ele é considerado o berço do maneki-neko, o gatinho com a patinha erguida que simboliza sorte e prosperidade. Mas resolvemos ir no Templo Senso Ji, em Asakusa, que era mais representativo do Japão. Outro lugar que estava no roteiro, mas não conseguimos ir foi no Jardim Rikugien, um dos jardins mais belos e tradicionais de Tóquio. Construído no período Edo, no século XVII, seu nome significa “Jardim dos Seis Elementos da Poesia”, inspirado na literatura clássica chinesa.

Exposição Hello Kitty Japão
Templo Senso Ji Asakusa Japão - Roteiro 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Sumida Walk Roteiro Japão
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Roteiro 20 dias Japão - comidas
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Roteiro 20 dias Japão - comidas
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados
Shopping no Japão - Roteiro 20 dias
Foto: Smash Coletivo – todos os direitos reservados

DIA 20 – HARAJUKU

Harajuku é um bairro de Tóquio conhecido mundialmente por sua moda jovem, criativa e alternativa. Localizado entre Shibuya e Shinjuku, tornou-se símbolo da cultura pop japonesa, onde estilos ousados e coloridos convivem lado a lado com tradições.

A rua mais famosa é a Takeshita-dori, repleta de lojas de roupas, acessórios, cafés e doces temáticos. Já a Omotesando oferece uma experiência mais sofisticada, com boutiques de grife e arquitetura moderna. Além do aspecto fashion, Harajuku também abriga o Santuário Meiji Jingu, criando um contraste único entre modernidade e espiritualidade.

O Tokyu Plaza Omotesando Harajuku é um shopping de Tóquio, famoso pela entrada com espelhos caleidoscópicos que já virou ponto turístico e cenário de fotos.

Fomos andando pelas lojas até chegar na bike shop Blue Lug na Yoyogi Park, que era o local que queríamos visitar. É muito conhecida entre ciclistas urbanos e amantes de bikes personalizadas. Especializada em custom bikes, acessórios e peças de alta qualidade, a marca se tornou referência para quem busca estilo, funcionalidade e exclusividade.

No final do dia, fomos no Teamlab Borderless, um museu digital imersivo. Diferente de museus tradicionais, ele não tem mapas ou rotas fixas: as obras são interativas e se espalham por diversos ambientes, formando um espaço “sem fronteiras”, onde imagens de luz, cores e sons se movem livremente, conectando-se umas às outras. Vale a pena visitar essa experiência bem diferentona.

Viajar pelo Japão é uma experiência transformadora, que mistura tradição e modernidade em cada detalhe do roteiro. Ao longo de 20 dias, é possível conhecer templos milenares, bairros futuristas, paisagens naturais deslumbrantes e a hospitalidade única do povo japonês. Mais do que um guia, este relato traz impressões reais de quem já percorreu esses caminhos, para que você possa planejar sua jornada com mais confiança e inspiração. Que cada parada seja uma descoberta e que a sua viagem ao Japão seja tão inesquecível quanto a nossa.